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10 de nov. de 2007

kernel do Linux e o estonteante número de mudanças

Uma notícia muito bem divulgada no site ITWEB sobre as recentes mudanças no kernel do linux me animaram tanto que resolvi postar aqui a mesma notíca,para ajudar na divulgação da tecnologia maravilhosa que é o kernel do linux,não somente isso mas também porque o modelo de desenvolvimento utilizado é tão poderoso e eficiente que nos leva inexoravelmente a fazer várias reflexões sérias sobre desenvolvimento,sistemas operacionais,tecnologia da informação e até mesmo sobre compartilhamento do conhecimento e aplicação do mesmo.
Para saber um pouco mais sobre o kernel do linux clique aqui.Abaixo reproduzo a notícia do referido site.

Novos recursos do Linux testam limites do código aberto

por Charles Babcock/InformationWeek EUA

09/11/2007

Lançado três meses depois da última atualização, o Kernel 2.6.23 incorpora recursos apropriados às companhias

O anúncio da mais recente versão do kernel do Linux refletiu um estonteante número de mudanças. O Kernel 2.6.23, lançado somente três meses depois da última atualização, incorporou recursos apropriados às companhias, incluindo melhor compatibilidade com virtualização e uma atualização para o módulo organizador de cronogramas, assim como os usuais novos drivers de dispositivos e soluções para bugs.

O enorme número de modificações que ocorrerão a cada dois ou três meses a partir da "árvore de códigos", de Linus Torvalds, é um sinal da aceleração do desenvolvimento do kernel. O processo, até o momento, tem produzido, inegavelmente, código confiável e de alta qualidade.

Mas não se engane: Torvalds está levando as táticas de desenvolvimento de código aberto a novos extremos. À medida que o kernel aumenta em tamanho e complexidade, as rápidas iterações estão aproveitando ao máximo a capacidade da comunidade de voluntários que as testam e as depuram.

Contudo, Torvalds não pode apostar tudo de uma só vez, por duas razões. Primeiro, porque o Linux não pode se arriscar a "ficar para trás" tecnicamente, pois perderá usuários corporativos sempre exigentes. O novo kernel, por exemplo, tem de tirar proveito dos mais recentes recursos de virtualização integrados em processadores da Intel e da Advanced Micro Devices.

Em segundo lugar, o Linux precisa alimentar sua comunidade de desenvolvedores. Novos recursos evitam que os codificadores fiquem aborrecidos e passem a se dedicar a outros projetos, e eles também atraem novos talentos, à medida que os codificadores ficam mais velhos ou deixam de participar do processo.

O roteiro dos novos recursos do Linux, informal e imprevisível como ele é, surge a partir desta tensão, da constante exigência por acrescentar recursos, enquanto se mantém a qualidade e a estabilidade. Será que esse projeto de código aberto, que já existe há 16 anos, poderá ser mantido por outros 16 anos nestas mesmas proporções? "Nenhum outro projeto de código aberto cresceu tanto nem evoluiu tão rapidamente", diz Dan Frye, vice-presidente da IBM, que controla o processo do kernel. "Trata-se de uma comunidade de desenvolvedores que é única".

Os usuários corporativos dependem deste processo rápido e improvisado para aprimorar o Linux em muitos aspectos além da virtualização, incluindo o gerenciamento de energia e a segurança. Poderá levar até dois anos para que essas rápidas modificações no kernel encontrem seu caminho nos sistemas desenvolvidos pela Red Hat e a Novell, utilizados pela maioria das companhias que executam o Linux; desse modo, existe algo de tolo no frenético processo de desenvolvimento do kernel. Todavia, à medida que o kernel progride, também prossegue o futuro do Linux.


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