Tio Bill para sempre terá o mérito de colocar um computador com Windows em cada lar, o que na época o pessoal da IBM e da Xerox não conseguiram enxergar, foi isso que fez ele decolar como um foguete. Mas, tem sempre um mas, ao chegar nas alturas cometeu o mesmo erro que os antigos e não percebeu que a web avançava e que um grupo diferente de geeks estava imaginando uma grande reviravolta no uso do computador pessoal, mas ainda, estavam imaginando o computador pessoal acompanhar o indivíduo onde ele fosse, mobilidade, depois juntaram a isso um antigo conceito remodelado, que chamaram de cloud computing, o velho sistema de terminais burros ligados a um maiframe, só que agora não tão burros assim e com muito mais poder e velocidade em um Sistema Operacional rápido, leve, simples e seguro enfiado num hardware homologado, tudo o que o velho Windows nunca conseguiu ser e ainda hoje, mesmo com o aceitável Sevem, não consegue ser. Existe uma tentativa com o Windows Phone 7, para compensar o fracasso do Windows Mobile, mas mesmo assim com tudo isso eles não estão conseguindo acompanhar, a Microsoft não tem nada parecido com o Google Chrome OS!
Tio Bill e seu fiel escudeiro Monkey não souberam perceber e muito menos acompanhar e quando acordaram o bonde já tinha partido. Agora é tentar errar menos e criar algo que os deixe pelo menos participar da competição. Eu estou torcendo para que eles lá em Redmond consigam, gosto de ver concorrência, me agrada a idéia de vários sistemas competindo, isso faz com que os programadores fiquem mais criativos e os CEO's, as Softwares Houses e os fabricantes de hardware mais criativos também, assim todos nós crescemos e a ciência vai mais longe para benefício de todos.
Agora para finalizar reproduzo um texto bastante interessante publicado na IDG NOW que me fez escrever este post. Boa leitura!
A Microsoft morreu. Viva a Googapple(http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2010/06/03/a-microsoft-morreu-vida-longa-a-googapple)
Por Robert X. Cringely, da InfoWorld/EUA
Publicada em 03 de junho de 2010 às 07h00
Atualizada em 03 de junho de 2010 às 10h08
A dona do Windows pode dominar o desktop, mas Google e Apple deverão abocanhar todo o resto.
Tive recentemente uma experiência que resume tudo que há de errado com a Microsoft e por que ela está sendo arrastada rapidamente para a Lixeira da história.
Eu tenho um laptop com Vista e, como aprendi recentemente, não tenho poder sobre ele. (Só de dizer isso, eu me sinto como se fizesse parte de um grupo de autoajuda. Mas isso é outra história.) Alguns meses atrás, o Vista foi para o ralo e eu tive de restaurá-lo, usando a opção Backup de Daddos Automático do meu notebook Gateway.
De fato, isso funcionou. O Vista rodou novamente, mas ficou meio esquisito. E a razão para isso foi que o backup de dados tomou quase a metade do disco rígido de 80 GB do meu notebook. Eu fiquei com duas cópias completas de tudo. Com isso, sobrou pouco para guardar dados ou compensar o apetite insaciável do Vista por memória cache.
Depois de algumas semanas eu não pude suportar mais o passo de tartaruga do meu laptop e decidi apagar o backup, que consistia basicamente de programas que eu não usava mais e de uma cópia completa do Windows Vista.
Apagar os programas sem uso foi fácil. Já apagar o Vista, ou qualquer parte dele, como o Internet Explorer, o Windows Calendar ou o Windows Defender, foi impossível.
Minha máquina tinha cerca de 20 GB de arquivos no backup da pasta Windows, e 15 minutos depois eu recebi a mensagem “Você não tem permissão para executar esta ação”. Gostaria de tentar novamente? Claro. E a mesma coisa aconteceu, tentativa após tentativa.
Eu tinha direitos administrativos sobre este laptop. Sou seu único usuário. Mas isso não foi bom o bastante para a Microsoft. Eu não mereci a confiança plena do sistema, só para que não tentasse fazer algo estúpido, mesmo que eu soubesse que aquilo não era totalmente estúpido e eu é quem tinha pago pelo laptop.
Certamente, pensei, isto é algum tipo de bug – mas não. Uma busca por “você não tem permissão” devolveu entradas nos vários (e na na maioria inúteis) fóruns de suporte da Microsoft, provando que isso era, na verdade, um recurso. A Microsoft fez isso de propósito.
É possível restaurar a permissão para controlar os arquivos no laptop que eu, ao menos em teoria, possuo. No entanto, o processo para me dar permissão para apagar arquivos - em outras palavras, o poder para ter “controle total” sobre eles - é completamente insano. Requer viagens ao prompt de comando e uma cadeia de instruções DOS que eu não usava desde que o Windows 3.0 era um bebê, seguido por reboots e múltiplas visitas às várias abas da caixa de diálogo de Propriedades Avançadas de Segurança do Windows Explorer.
Eu vou poupá-los, e a mim também, da agonia de repetir detalhes feios, mas você poderá encontrar alguns deles aqui.
Depois de não ter nenhuma ajuda do “suporte” online da Microsoft, eu enviei um apelo por ajuda pelo Twitter. Minhas preces foram atendidas pelo velho amigo e blogueiro da ZDnet Ed Bott - que dedicou seu tempo fora do trabalho para escrever o livro “Microsoft Office 2010 Inside Out”, a ser lançado em agosto - para me guiar através do pântano. Levou apenas quatro horas até que eu pudesse finalmente apertar o botão Delete e realmente apagar alguma coisa. Glória.
Ed é muito mais amistoso com a Microsoft do que eu. Ele escreveu uma dúzia ou mais de livros para a Microsoft Press, e eu acho que você deveria comprar todos. (Faça isso agora – eu espero.) Ele culpa a Gateway por atribuir tal nível de segurança para um backup do Windows. E eu culpo a Microsoft por inventar este processo insano, em primeiro lugar.
Esta é a Microsoft, em resumo. Seu maior problema é que as pessoas que trabalham lá pensam como engenheiros. E engenheiros tendem a dividir o mundo em dois campos: a) outros engenheiros; e b) pessoas muito estúpidas para merecerem confiança. Assim, tudo no Windows é ou insanamente condescendente e repetitivo ou completamente incompreensível. Não há meio termo. E o Vista, com seus Controles de Conta de Usuário e processos arcanos de permissão, é a última expressão dessa dicotomia.
A Apple, em contraste, tem engenheiros aos montes, mas a empresa não pensa como um. Ela pensa como Steve Jobs, que mais que qualquer outro CEO do planeta tem uma sensibilidade inata para descobrir o que provoca respostas nas pessoas. A Google tem, também, muitos engenheiros e, embora tenha uma imagem bastante geeky, ela entende o que as pessoas querem: velocidade e simplicidade, acima de tudo.
É por isso que o futuro pertence à Apple e à Google, e por que a Microsoft está morta. Oh, claro, a Microsoft vai dominar os desktops e os softwares corporativos por vários anos pela frente. Mas perdeu a corrida no espaço que foge ao desktop, um mercado que abrange tudo que não está no desktop ou em seus substitutos, como um notebook – em outras palavras, os outros 90%. Mesmo se Ballmer cair vítima de algum tipo de golpe de estado interno (sempre há esperanças), ela nunca dominará qualquer novo mercado novamente. Seu fim chegou.
Eu tenho esperanças que seja assim. E você?
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